Com a população envelhecendo e o aumento da sobrevida, os cuidados paliativos poderão ser mais presentes nos próximos anos
Lidar com pessoas que sofrem de doenças em estágio avançado e que não respondem mais a tratamentos é um desafio para o médico. Os cuidados paliativos são uma forma de ajudar a trazer qualidade de vida a esses pacientes, seja física ou espiritual. O pneumologista Dr. Ricardo Delduque, cooperado da Unimed Catanduva, ressalta a importância da medicina paliativa na rotina médica profissional. “Ajuda a evitar o uso excessivo de medicamentos, além disso, ela é uma forma de prevenção física, espiritual e até social”, disse.
A Medicina surgiu como paliativa em 400 A.C., com Hipócrates, considerado o “pai da Medicina”, em que os cuidados com o paciente eram vitais, logo que não existia remédios ou cirurgias. Apenas com o desenvolvimento tecnológico que a Medicina passou a ser curativa. Os cuidados paliativos voltaram a ganhar força na década de 1960, na Inglaterra. Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o trabalho dos cuidados paliativos na Medicina.
De acordo com Dr. Ricardo, o cuidado paliativo é válido para pacientes que já não respondem aos cuidados curativos, como internação ou tratamentos com medicação, por exemplo. E com a população envelhecendo, consequentemente, poderá haver a necessidade de aumento dos cuidados paliativos. O envelhecimento também traz o desenvolvimento de doenças graves, com poucas chances de cura, o que no futuro acarretará na popularização dos cuidados paliativos.
O cooperado afirma que uma equipe multidisciplinar formada por médico, psicólogo, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, dentista e assistente social ajuda no desenvolvimento dos pacientes nesta fase. “A família também se envolve bastante nesse momento. Ter profissionais capacitados para entrarem em contato com ela é de suma importância, pois reflete diretamente na melhoria de qualidade de vida desse paciente nessa fase”, completou.
Além disso, o cuidado paliativo é de extrema importância para pacientes que acabam desenvolvendo depressão por ter de conviver com uma doença grave, e também influenciados com conflitos dentro da família, quando esses existem. “Quando a pessoa se vê próximo a morte, é inevitável que ela entre em depressão, por isso é necessário o médico também tratar outras doenças que podem aparecer”, explicou.
Aos poucos, os cuidados paliativos estão ganhando força nos hospitais e clínicas voltadas para esse tipo de tratamento. Ainda segundo Ricardo, profissionais da saúde passam por treinamentos para agirem em atendimentos paliativos. “Atualmente, com a medicina curativa, os cuidados paliativos foram deixados de lado, e é preciso olharmos para o início da história da Medicina, quando ela era paliativa”, concluiu.
Por: Assessoria de Comunicação Unimed Catanduva